sábado, 24 de agosto de 2013

122° Capítulo

*Gabi narrando*
Saí do quarto rindo com aquela cena
- o que vai fazer agora? – caio perguntou
- minha festa ainda não acabou, até a noite tenho tempo de fazer o que quero
- e o que pretende fazer? – me encarou
- quero deixar marcas das quais ela nunca mais vai se esquecer!
*Camile narrando*
O corte não havia sido fundo então não tinha muito sangue, para a minha sorte. Mas ainda ardia, e muito.
Passado um tempo, quando a dor estava se amenizando a porta do quarto se abriu e nela apareceu gabi
- sentiu saudades? – murmurou – vim aqui terminar o que comecei mais cedo
- gabi, por favor – entrei em desespero – não faz isso
- VOCÊ ACHA QUE PEDINDO ASSIM VAI FAZER EU MUDAR DE IDEIA? – aumentou seu tom de voz e chegou mais perto de mim
Olhou dentro dos meus olhos, e eu juraria que se fosse possível em seus olhos estariam saindo fogo.
- Caio vem aqui – gritou e um dos caras apareceu na porta – pega ela – ordenou
Ele a obedecendo me levantou da cama
- o que você vai fazer comigo? – perguntava com medo
- cala a boca – falou prontamente – tira a roupa dela – falou para ele
Me desesperei
-  NÃO – gritei tentando sair de seus braços – ME SOLTA – quanto mais me debatia, mais ele apertava meus braços.
Senti meu braço arder freneticamente, após soltar um grito olhei para o mesmo e ele estava sangrando, olhei assustada para gabi e ela mantinha a mesma lâmina de antes, agora erguida com sangue
- Ahhh – continuei gritando – VOCÊ É LOUCA
Aquilo estava ardendo, e não era pouco.
Parei de me mexer para tentar amenizar a dor e o tal cara “Caio” começou a me despir.
- por favor gabi, deixa eu ir embora – comecei a soluçar de tanto chorar
Ignorando minha fala continuou esperando Caio terminar seu serviço
- até que ela é gostosinha – ele disse mordendo os lábios
- depois vocês fazem o que quiser com ela, agora é comigo – ela disse
- opa – ele disse animado
Me deixando apenas de lingerie continuou me segurando
Gabi se abaixou, ficando a altura de meu umbigo
- você esta muito gorda – encarava minha barriga – acho que to vendo uma celulite aqui – passou a palma de sua mão junto com a lâmina um pouco acima do meu umbigo, deixando um corte por ali
- ahhhh – urrei contraindo minha barriga
Depois dali Gabriela se levantou e começou a passar a lâmina por várias partes do meu corpo. Barriga, braços, pernas e até em minhas costas. Eu já não agüentava mais tanta tortura.
- gabi – falei fraca – por favor – minhas pernas começaram a falhar
- gabi desse jeito você vai matar ela – caio se intrometeu
- vontade não falta – falou me olhando
- se você matar com certeza eles pegam a gente.
- eu sei, precisamos ser cuidadosos –pausa- deixa ela ai – virou as costas e saiu do quarto.
Caio me jogou na cama e saiu do quarto também. Do jeito em que ele me jogou eu fiquei, não estava agüentando meu próprio peso.
Meu choro já não saia, meu corpo estava trêmulo e a cada segundo que passava sentia o sangue escorrendo sobre ele.
Meus pensamentos automaticamente foram em Luan.
- eu te amo tanto – suspirava com a voz rouca
Tentei me levantar, mas a fraqueza por não ter comido nada não deixava. Optei por ficar naquela posição até um milagre acontecer, ou alguém me achar.
*Luan narrando*
Nos organizamos em dois carros, junto com os outros que haviam os policiais
Fomos eu, meu pai e Carlos em um carro e o delegado em outro.
Seguimos o carro do delegado e a cada quarteirão que passávamos a agonia tomava conta de mim.
- onde ele ta indo? – perguntei impaciente – já estamos saindo da cidade
- ele esta indo para o local onde a Camile esta, calma Luan – meu pai disse totalmente concentrado na pista.
Entramos na pista e após alguns quilômetros entramos por uma estrada de terra, aquilo estava cada vez mais estranho.
O carro da frente parou e nele saiu o delegado, paramos também e saímos do carro.
- cadê a casa? – perguntei olhando para todos os lados obtendo apenas a visão de matos
- calma, ela esta mais a frente – ele disse – paramos aqui para eles não ouvirem barulho de carro, seguiremos a pé e vocês – encarou nós três – fiquem aqui com os outros policiais
- o que? Claro que não – aumentei o tom de voz
- Luan, já fiz muito em deixar você vir até aqui, seria demais levá-lo até lá e a toa, assim que a pegarmos vamos vir para cá, você não ajudaria em nada.
Abaixei a cabeça e não protestei mais, no fundo sabia que era verdade.
Ficamos do lado de fora do carro esperando noticias, junto com outros policiais.
O delegado e os outros foram até lá.
Sentei no banco traseiro do carro e apoiei meus braços em meus joelhos que estavam para fora. Comecei uma oração e acabei me emocionando, soltando algumas lágrimas.
- ei cara, vai ficar tudo bem – Carlos veio em minha direção e colocou sua mão sobre meu ombro
- eu espero – murmurei me levantando.
Ficamos naquela tensão por alguns longos minutos até o rádio de um dos policiais começar a tocar.
- cambio, aqui é o delegado
- pode falar, estou escutando, cambio
- a vitima esta ferida, chame uma ambulância
- A CAMILE ESTA FERIDA? – gritei entrando em desespero
O policial me olhou assustado e logo voltou sua atenção para o pequeno rádio
- precisam de reforços?
- não, esta tudo sob o controle, apenas chame a ambulância a vitima esta perdendo muito sangue.
Não pensei duas vezes e corri até o local, até tentaram me impedir mas foi mais rápido.
- Camile – gritava desesperado
Avistei uma casa com cara de abandonada e alguns homens sendo carregados por policiais saiam de dentro dela, corri até lá e entrei, dei de cara com o delegado
- Luan? O que esta fazendo aqui? – me olhou assustado
- cadê ela? – falei com a voz falha
- Luan, mantenha a calma
- CADE ELA – me irritei
Ele apontou para uma porta e eu imediatamente fui até ela. Parei na porta e tive a pior visão da minha vida. Meus olhos lacrimejaram e minhas pernas bambearam.
Ela estava deitada em uma cama cheia de sangue em volta, coberta por um lençol branco, marcando sangue também, haviam dois policiais ao seu lado com um kit de primeiro socorros.
- amor – murmurei sem voz
Cheguei mais perto e seus olhares estavam caídos para baixo, assim que viu meus pés ergueu sua cabeça com dificuldade
- Luan – falou quase num sussurro
- o que fizeram com você meu deus – comecei a chorar acariciando uma de suas mãos
- não – sua voz falhou – não chora – procurava forças
- me desculpa – falava sem parar
- Sr. Luan – um dos policiais falou – ela esta muito fraca, não a faça forçar nada.
- cadê a ambulância? – perguntei e logo ouvi o barulho da mesma pelo lado de fora.
Eles prontamente entraram no quarto com uma maca e pediram espaço.
Sai de seu lado e fiquei observando.
- Camile você esta me vendo? – um enfermeiro perguntou a sua frente
Ela o encarou com o olhar caído e fechou seus olhos, abriu sua boca para responder mas nada saiu.
- tudo bem isso é grave – disse prontamente – a coloquem na maca com cuidado!
A descobriram e eu pude ver o estrago que haviam feito em minha namorada, segurei para não me jogar em cima dela e pedir que aquilo fosse um pesadelo.
Ela estava usando apenas a lingerie e seu corpo estava praticamente coberto pelo sangue.
- o que fizeram com ela? – perguntei perplexo
- com certeza alguém muito doente fez isso.
A colocaram na maca cuidadosamente e a cobriram, levaram para a ambulância e eu fui ao seu lado. Saindo da casa demos de cara com meu pai e Carlos
- Camile – Carlos disse assim que a viu – oh meu deus – não conseguiu segurar as lágrimas.
- precisamos ir – o enfermeiro disse assim que a colocaram dentro da ambulância
- eu vou com vocês! – falei prontamente e subi
- nós estamos logo atrás – meu pai disse indo para o carro junto com Carlos.
Antes de fechar a porta da ambulância meu olhos vagaram pelo local e avistei o carro da policia com algumas pessoas dentro, olhei mais ao fundo e vi uma menina junto a três homens. Parecia que era.. Gabi
Assustei a vendo ali mas logo fecharam a ambulância tampando minha visão. Voltei minha atenção para Camile e ela estava desacordada.
O enfermeiro passou uma sonda por seu nariz e começou a medica-la
- ela esta bem? – perguntei com receio
- espero que ela fique bem – falou sem tirar sua atenção dela
Ele a medicou até chegarmos ao hospital.
Descemos da ambulância e a levaram para uma sala
- Luan, aqui você não entra – um médico me barrou
Sentei em uma cadeira e logo avistei minha mãe chegando com minha irmã e Ana.
- cadê a minha filha? – ela disse desesperada vindo ao meu encontro
Um filme passou pela minha cabeça, me lembrando de um acontecimento igual com ela naquele mesmo hospital. 
*flash back on*
- cade a Camile? 
- e-ela ... ela... 
- Luan não enrola. 
- me desculpa a culpa foi toda minha - comecei a chorar
- o que você quer dizer com isso? 
- a Camile ta internada.. 
- INTERNADA? - gritou - como assim Luan, eu vou te matar! 
- calma Carlos, por favor calma! 
- COMO CALMA? MINHA FILHA VIAJA COM VOCÊ E VAI PARAR NO HOSPITAL, EU TO INDO PARA I AGORA!
*flash back of* 
 Meu deus a culpa era toda minha, sempre minha. Eu precisava me afastar.
- Luan fala! – Bruna disse me despertando
- ela ta.. – murmurei me lembrando
- ela ta? – perguntou tensa
- eu não sei – abracei Ana que começou a chorar desesperadamente. 
meu pai e Carlos já haviam chego, estávamos a mais de uma hora sem nenhuma noticia dela.

__________________________________

capitulo postadoooo, sei que vocês querem me matar mas não demoro desse jeito por quero ok? continuo sem internet e preciso da paciência de vocês! 
mas e então, quanta coisa aconteceu :o 
gabi é louca e se sair em liberdade eu vou ir dar uns paranaue nela, parei 
me digam o que acharam, de tudo! 
criticas, elogios, opiniões, ME FALEM!
obrigada por não me abandonarem
amo vcs! 


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

121° Capítulo

Acordei em um quarto fechado, havia uma cama de casal e uma suíte com o banheiro, apenas isso. A aparência não era das melhores.
Olhei por todos os lados a procura de algo ou alguém mas sem sucesso. Me encolhi na cama e fiquei rezando para que aquilo fosse um pesadelo e assim que eu acordasse estaria na minha casa com Lu... me lembrei da cena que tinha visto em seu condomínio. Uma vontade imensa de chorar me consumiu mas antes que uma lágrima percorresse sobre meu rosto a porta se abriu.
Levantei minha cabeça em direção a mesma e lá estava Gabi.
- acordou – afirmou
- o que você quer comigo? – falei sendo consumida pela raiva
- quero o seu namorado, mas espera –pausa- isso eu já tenho – soltou uma leve gargalhada
- acho que até amanhã ele já sentiu sua falta né? – perguntou retoricamente – vamos deixá-lo preocupado um pouquinho, amanhã eu volto – sorriu e saiu do quarto
- ei espera – corri até a porta, mas ela se fechou rapidamente sendo trancada pelo lado de fora.
Voltei para a cama e durante aquela noite não consegui dormir. Horas depois, acredito eu que já havia amanhecido, a porta se abriu novamente.
- seu café da manhã, princesa – um homem falou ironicamente e entregou-me uma badeja com um suco e pão mais adormecido do que eu.
- espera – falei assim que ele estava saindo do quarto
- o que foi? – virou-se
- o que vocês vão fazer comigo?
Ele deu uma risada sarcástica
- eu sigo ordens.
- não faça nada com o Luan – meus olhos lacrimejaram – por favor
- já disse garota, sigo ordens – saiu do quarto.
*Gabi narrando*
Meu plano estava dando certo. Não sabia muito bem o que fazer com Camile mas enquanto pudesse a ter longe do meu caminho iria fazer Luan se apaixonar por mim novamente.
Depois de eu ter o beijado, ele “brigou” comigo mas tenho certeza que tudo isso é uma questão de tempo. Fui para a casa descansar, já no outro dia pela manhã, liguei para Bruna para “combinarmos” uma festa, mas ela me disse que a cunhada havia sumido, eu como ótima amiga fui até a casa dos Santana.
- o que aconteceu? – perguntei assim que cheguei lá e vi todos tensos na sala de estar.
- a Camile não da noticias desde ontem – Bruna veio em minha direção e me abraçou
- como assim? – a encarei – o Luan não foi a buscar na faculdade? – olhei para ele e ele mantinha a cabeça baixa
- foi, mas ela não estava em nenhum lugar – murmurou baixo
Em pouco tempo cada um foi indo para um lugar diferente da casa, me deixando a sós com Luan.
- Lu, me desculpa por ontem, eu entendi que de mim você só quer amizade – sentei-me do seu lado
- tudo bem – murmurou sem me olhar
- quer que eu vá procurá-la com você? Nós vamos aos lugares que ela freqüenta
- ok, vou pegar a chave do carro – levantou-se e foi até a cozinha
*Luan narrando*
- mãe, estou indo com a gabi procurar a camile – murmurei
- eu vou também – Bruna prontamente falou
- querido, coma alguma coisa – minha mãe disse
- não estou com fome
- olha, daqui a pouco você é quem vai ficar doente, a Camile vai aparecer! – falou me forçando a sentar na mesa.
Belisquei algumas coisas e logo me levantei
- você acha que devíamos ligar para os pais dela? – perguntei encarando minha mãe
- eu não sei querido, vamos esperar mais um pouco, iríamos preocupá-la a toa.
- é verdade – pensei – vamos Bru
- vamos pi – ela disse e saímos da cozinha
- vão com Deus
- amém mãe
Estávamos saindo quando meu pai me chamou
- Luan, chame o mínimo de atenção possível, você sabe como a mídia é.
- tudo bem pai – dei-lhe um abraço e sai.
Fizemos uma busca por todos os lugares, primeiro fui em seu apartamento e lá só havia Harry, aproveitei para pega-lo e levá-lo para minha casa. Íamos saindo de lá e dei de cara com Hugo que também não sabia de nada e se soubesse iria entrar em contato conosco. Fomos até a faculdade e nada, voltamos para o condomínio e demos uma volta por lá mesmo. Nada de novo.
O nervosismo já estava me consumindo, eu não havia conseguido dormir a noite toda apenas imaginando o que tivera acontecido com ela.
Voltamos para casa algumas horas depois, meus pais estavam na sala.
- nada? – minha mãe perguntou preocupada
- nada – Bruna disse tensa
- eu vou ligar para a policia – falei imediatamente
- calma Luan – meu pai se levantou
- como calma? – levantei meu tom de voz – a Camile esta desaparecida desde ontem a noite, Deus sabe onde, com quem! – estremeci e meus olhos lacrimejaram só de pensar.
- tudo bem Luan, vou ligar para sua assessora – ele disse
- não! Ela não resolve nada, é para a policia que devemos ligar – rosnei
- filho, isso chama bastante atenção, precisamos ser cuidadosos com a sua imagem
- foda-se a minha imagem, eu quero a Camile – gritei subindo as escadas
- Luan – Bruna veio atrás
- me deixa Bruna – fechei a porta e me joguei na cama.
A idéia de que ela havia sumido me assustava, o desespero tomou conta de mim e eu comecei a chorar descontroladamente com a sensação de nunca mais poder tocar na minha Camile.
*Gabi narrando*
Aquele clima de velório já estava me enjoando
- amiga – falei para Bruna – vou ir em casa tomar um banho e volto pra cá
- tudo bem – ela murmurou
Me despedi de todos, menos de Luan, e segui para a minha casa, liguei para Caio, um dos homens que estavam com a Camile.
- ela já tentou alguma coisa? – perguntei
 - ainda não, nem tocou no café da manhã também
- que menina enjoada – afirmei
- o que ta pensando em fazer?
- daqui a uma hora você vai fazer aquela ligação para o celular do Luan pedindo aquele tanto que combinamos.
- certo..
- e mais a noite vou ir ai pra acertar umas contas com ela.
- tudo bem, tchau.
- tchau.
*Luan narrando*
Um pouco depois quando estávamos todos na sala, inclusive com minha assessora, resolvendo se íamos ou não ligar para a policia meu celular vibrou no meu bolso. Era um numero desconhecido, pedi licença e fui até a cozinha atender.
- alo?
- é o seguinte, eu quero 1 milhão pela tua namoradinha
- o que? Perai, quem ta falando? Cadê a Camile?
- 1 milhão até hoje a noite, se colocar policia no meio já sabe o que acontece com a tua namorada!
- eu quero falar com ela! Passa pra ela – gritei
- se quiser falar com ela traga o dinheiro até as 10 da noite de hoje.
- espera – gritei – onde é pra levar?
- volto a me comunicar – desligou
Voltei para a sala em estado de choque
- Luan você ta pálido meu filho, o que aconteceu? – minha mãe veio em minha direção
- eles estão com a Camile – sussurrei buscando a voz e as forças
- quem ta com a Camile? – Bruna gritou
- e..eu não sei, eles pediram dinheiro – me sentei – e eu preciso dar o dinheiro até hoje a noite
- eles deixaram você falar com ela? – dag perguntou
- não, eles disseram só pra mim levar o dinheiro
- quanto eles pediram? – meu pai perguntou
- 1.. milhão – arfei
- vou ligar pro delegado – ele disse pegando o telefone
- NÃO – gritei e todos me olharam assustados – não! – repeti – ele disse que não é pra mexer com policia se não ele mata a Camile
- ele não pode fazer isso
- e qual a chance dele não fazer isso? – o encarei ironicamente
- Luan, pensa, com um delegado será mais fácil de lidar, ele sabe fazer negociações, o seqüestrador nem vai desconfiar.
Aos poucos todos foram me acalmando. Minha mãe ligou para a mãe de Camile que pegou o primeiro vôo para cá junto com Carlos.
Ás 15 horas da tarde estávamos todos reunidos na sala de casa, eu, meus pais, minha irmã, meus sogros, minha assessora, o delegado e alguns policiais.
A tensão prevalecia por todo o local, meu celular estava na mesa de centro sendo rastreado pelo delegado, de cinco em cinco minutos eu apertava em sua tecla de desbloqueio para ver se havia algo novo.
 Em um minuto de distração o celular começou a vibrar, olhei para o mesmo e marcava uma ligação privada.
- atenda e fale que você irá levar o dinheiro na hora marcada –  o delegado murmurou calmamente
Afirmei com a cabeça e atendi ao celular
- oi.. – disse tenso
- as 21 horas naquele saguão principal da rua 15. Leva a grana que eu levo a garota
- eu a quero sem nenhum arranhão – falei bravamente – ou se não você vai pagar caro.
- paga pra ver – disse e desligou
O desespero me tomou e eu olhei meus pais assustado
- o.. o que será que ele quis dizer com isso?
Ana começou a chorar mas foi consolada por minha mãe.
Bruna veio do meu lado e me abraçou
- vai dar tudo certo pi – afagava suas mãos em meus cabelos
- Luan, conseguimos rastrear a ligação – o delegado falou rapidamente
- ótimo – levantei-me – vamos até lá, agora!
- o Luan não vai ir! – minha mãe praticamente gritou- Não não não – ela balançava a cabeça freneticamente
- mãe, calma!
- você não vai Luan – se desesperou
- acho melhor você ficar Luan – o delegado seguiu com os conselhos de minha mãe
- o que? Vocês estão loucos? – olhava para todos – é a mulher que eu amo que corre risco de vida, vocês querem que eu fique parado? – ri sarcástico – EU VOU – gritei
*Camile narrando*
Depois que me entregaram aquele café da manhã horrível não entraram mais no quarto. Eu estava com fome, mas sem vontade de comer. Estava cansada, com medo.
Algumas horas depois Gabi entrou no quarto, acompanhada de dois capangas
- é – riu sarcástica – seu amor irá pagar uma boa quantia para te ter –pausa- pena que você pode não ir até lá né?
- o que você quer dizer com isso? – a encarei com medo
Ela pegou uma lâmina e me mostrou
- se lembra de quando você se cortou para se fazer de coitadinha? – foi chegando perto de mim
- gabi, o que você vai fazer com isso? – comecei a chorar
- chora mesmo – riu – pra dar mais drama pra essa palhaçada toda
- pelo amor de deus gabi, você não precisa fazer isso – me encolhia na cama
Com um sorriso no rosto ela passou rapidamente a pequena lâmina na minha perna esquerda, fazendo um pequeno corte.
- ahhh – gritei
- dói é? – gargalhou – mas ainda não ta doendo em mim – pegou no local em que havia cortado e me puxou esticando minha perna
- aqui também é um lugar muito bonito – falou alisando minha cocha
Quando eu menos esperava a passou ali também, deixando dois cortes.
- gabii, por favor – suplicava me contorcendo
- mais tarde eu volto – saiu de cima da cama e foi para fora do quarto
Me contorcia na cama tentando achar uma posição para que aquilo não doesse tanto, mas era quase impossível.



________________________________________

não me matem!!!!!!!!!!11 
tive que cortar o capítulo em dois porque se não ia ficar muito grande !
enfim, :oooooooooo
e essa gabi? socorro gentem ! 
será que ela vai fazer mais alguma coisa? MUAHAHA
me digam o que estão achando, eu agradeço
assim que der posto o próximo
e bem vinda leitoras novas, espero que não me abandonem 
amo vcs 

sábado, 17 de agosto de 2013

120° Capítulo

*Luan narrando*
Deixei Camile na faculdade e fiquei pensando um pouco sobre nossa pequena briga. “você é um idiota, vai acabar perdendo a mulher da tua vida” meu subconsciente gritava
dei um soco no volante acompanhado da palavra ‘merda’
Liguei o carro novamente e fui para a minha casa, minha mãe estava na cozinha entretida com o jantar, meu pai estava no escritório e Bruna estava trancada em seu quarto. Subi para o quarto tentando não ser notado, mas fui parado por uma voz vinda da cozinha
- chega e nem cumprimenta sua mãe é? – ela murmurou baixo mas eu pude ouvir
Dei meia volta e entrei na cozinha
- me desculpa mamusca – falei cabisbaixo e lhe dei um beijo no rosto
- aconteceu alguma coisa? – ela me encarou curiosa
- nada de mais – falei sentando no balcão olhando o chão
- tem certeza? – chegou mais perto e colocou uma de suas mãos e minhas costas transmitindo proteção – saiba que estarei sempre aqui para ouvir teus desabafos não é?
- eu sei mãe, obrigado – falei colocando minha mão sobre a sua que estava em meu ombro – eu te amo – a encarei
Pude perceber seus olhos encherem d’água
- ah, você não vai chorar né? – perguntei com remorso
Levantei-me e a puxei para mim
- é que – disse sorrindo enxugando algumas lágrimas – eu estou com tanta saudade querido – abriu seus braços e entrelaçou-me entre eles
- mas eu estou aqui, agora – falei a afagando
- eu sei, e estou feliz que esteja aqui – sorriu – mas as vezes me da uma saudade de antigamente, quando você não saia mundo a fora e eu ficava aqui com o coração na mão rezando todas as noites para os anjos guiarem teu caminho e te protegerem – mais algumas lágrimas desceram em sua face
- nós sabíamos que não seria fácil – murmurei – você sabe que eu estou realizando um sonho, eu nunca pensei em alcançar tudo isso e –pausa- se não fosse o apoio da minha família eu nunca conseguiria.
- oh querido, me da um orgulho tão grande vê-lo falando assim – passou a palma de suas mãos levemente pelo meu rosto – é tão bom saber que diante de tudo você ainda é aquele meu menino humilde, tantos cantores são dominados pela fama e olha só você, um exemplo.
- assim você me deixa sem graça mãe – murmurei sorrindo
- mas é a verdade e, por favor – me encarou seriamente – nunca se esqueça de suas raízes, promete?
- prometo, se a senhora parar de chorar – afirmei
- tudo bem – riu limpando as lágrimas
ri e a abracei mais uma vez
- vai lá chamar sua irmã, a janta esta quase pronta – ela despertou-me
- tudo bem – beijei seu rosto macio e subi correndo
- sem correr menino, vai se machucar – a ouvi dizendo
Subi as escadas e parei diante do quarto da Bruna, lembrei-me da cena que tinha acontecido a tarde e pude sentir minhas bochechas levemente rosadas
“bora Luan, você a apenas viu de lingerie e.. caralho, quem confunde a própria irmã com a namorada? Acho que eu preciso de férias”
- Bruna? – falei batendo na porta
- pode entrar – ela respondeu
Entrei com receio e a vi sentada em sua cama, lendo um livro
-am, a mãe disse pra descermos a janta ta pronta – murmurei meio sem jeito
- tudo bem – ela disse sem tirar os olhos da leitura
- então, tchau – falei dando meia volta
- Luan – ela me chamou prontamente
me virei rapidamente e a encarei, ela me olhava atenta.
- oi?
- er – se levantou da cama ficando a minha altura – me desculpa por hoje.
- como assim?
- na hora em que você me viu na casa da cami, eu.. am.. não queria estar daquele jeito.. – procurava as palavras certas
- eu quem tenho que pedir desculpas – a interrompi – eu devia ter avisado ou nem entrado..
- tudo bem – ela sorriu aliviada – eu só não quero que fique esse clima entre nós – murmurou e abaixou a cabeça
- por mim, nunca – peguei em seus cabelos e o puxei calmamente trazendo-a para mais perto de mim.
- ai pi, assim não vale – riu
dei uma leve risada e a soltei
sentei em sua cama e ficamos conversando sobre algumas coisas, como estava a escola dela, a carreira que ela queria seguir. Conversar com Bruna me trazia uma paz e tanto, por conta da falta de tempo nunca tínhamos tempo para isso.
- vamos descer – a puxei
- ei, aconteceu algo? – perguntou parando na porta
- tipo o que? – a encarei
- tipo, camile? – perguntou ironicamente
- ah – suspirei – brigamos
- poxa, porque? – demonstrou estar chateada
- ciúmes demais – a encarei – da minha parte..
- de Hugo? – me perguntou já sabendo da resposta
Afirmei com a cabeça
- ai lu, você precisa parar com isso, vai acabar perdendo ela
- ela me disse isso hoje – choraminguei
- que você ia a perder?
- se eu continuasse assim, mas eu não sei controlar – me abri para Bruna – eu penso que a qualquer momento alguém vai me tirar dela e ai, o que vai ser de mim sem ela? Eu estou sendo muito egoísta, pensando só no meu bem estar.
- concordo a cami nunca te deu motivos para desconfiar dela!
- eu sei
- então, conversa com ela
- vou conversar, assim que ela chegar da faculdade – sorri
 - agora vamos comer – me puxou para fora do quarto e demos de cara com gabi
- uou – assustei – oi gabi
- oie lu, oi bru – disse simpática
- tudo bem? – perguntei
- tudo sim – riu – vim aqui ver se a Bruna tinha.. – demorou um pouco – um sapato para me emprestar – riu
- claro gabi, entra aqui – Bruna voltou para dentro do quarto, acompanhada de gabi e eu segui para a cozinha.
*Bruna narrando*
- então gabi, tem esse, esse.. – falei mostrando meus pares de sapato
Ela parecia estar no mundo da lua
- gabi? – a encarei
- oi oi? – me olhou “acordando”
- ta no mundo da lua menina? – ri
- pois é bru – riu – viu – me encarou – o luan brigou com a camile?
- você ouviu? – indaguei
- er, am.. só uma parte porque eu cheguei e vocês estavam conversando e eu não quis interromper – disse tímida
- hum.. – falei desconfiada – acho que brigaram mas eles logo voltam – ri
- hum – sorriu sem mostrar os dentes – ai bru, preciso ir ao banheiro – falou se levantando
- claro, pode ir no meu mesmo – levantei-me junto
 - tudo bem – sorriu e foi até o mesmo
Ouvi-a falando no celular mas nem me importei, se tem uma coisa que odeio são pessoas que ouvem conversas alheias e eu não seria uma dessas.
Gabi voltou e continuamos a olhar os sapatos.
*Luan narrando*
Um pouco depois Bruna desceu junto com Gabi e minha mãe disse para ela jantar conosco, ela aceitou.
A janta foi agradável, faltava apenas uma pessoa para estar completa. Suspirei me lembrando novamente da briga.
Depois fomos para a sala e ficamos jogando conversa fora assistindo a qualquer coisa que passava na televisão.
- que horas você vai buscar a cami? – Bruna perguntou me tirando do mundo da lua
- assim que ela me ligar, porque? – a encarei
- já passam das 11 horas – ela murmurou
Olhei no relógio meio apreensivo
- merda, ela ta vindo a pé – falei levantando rapidamente – eu falei pra ela me ligar, a Camile é teimosa demais.
- ei calma lu – Bruna levantou-se e foi em minha direção – você pega ela no caminho agora.
- am, Luan você pode me deixar em casa antes de ir? – Gabi levantou e me encarou
- ta, vamo – falei rapidamente
Peguei a chave do carro, nos despedimos de Bruna e entramos no carro.
*Camile narrando*
Andava rapidamente entre as ruas da pequena Londres, estava um ventinho frio e como eu estava de shorts não estava ajudando nada.
Um carro passou por mim numa velocidade incrível, no começo não liguei mas comecei a me preocupar quando ele voltou pisando no freio e quase parando ao meu lado.
- acho que eu conheço você – um homem de meia idade que dirigia o carro e ao mesmo tempo me olhava falou
Não dei ouvidos e continuei caminhando
- ei, não finja que não esta me vendo – riu sarcástico – tenho algumas informações aqui que são do seu interesse, sabia?
Continuei o ignorando
 - tem haver com o tal Luan Santana, digamos, seu namorado.
Quando ele disse isso parei rapidamente e o encarei em êxtase
- o que tem ele? – falei tensa
- tenho informações valiosas sobre ele – riu novamente – venha comigo que te levo direto a fonte
- me poupe – continuei minha caminhada
- se você não entrar por bem vai vir por mal!  - me encarou ferozmente
Pensei em correr mas quando essa idéia me passou pela cabeça o vidro de trás do carro abaixou-se mostrando mais dois rostos.
- são três armados contra uma, e ai? – riu como se estivesse ganho uma luta
Estremeci e meus olhos encheram d’água
- entra agora – rosnou
Achei melhor render-me.
Entrei dentro do carro e todos olharam para mim
- achei que iria correr – o mesmo disse sínico
- ela é esperta, não brincaria com armas – um dos homens do banco de trás se pronunciou passando uma arma em meu pescoço
O encarei assustada e minhas pernas bambearam
- relaxa, não faremos nada com você – riu
No resto do caminho ninguém falou mais nada, eu estava com medo, quem seriam aqueles caras?! Me perguntava.
Estávamos em um caminho que eu conhecia, até chegarmos em um lugar que eu menos esperava
- o que estamos fazendo no condomínio do Luan? – perguntei meio perplexa
- cala a boca – um dos homens disse
Entramos e ele começou a dirigir pelas ruas do condomínio indo em direção a casa de Gabi.
Assim que o carro virou em sua rua pude avistar outro carro parado bem em frente a casa da bendita.
- espera – falei enquanto o carro se aproximava – esse é o carro do Luan – a tensão já começava a pesar em mim
 - viu onde seu namorado vem quando você esta na faculdade? – o cara que dirigia murmurou rindo
Passamos pelo carro dele e ele estava lá dentro conversando com ELA! O sangue ferveu em meu corpo e eu poderia jurar que seria capaz de matá-la naquele momento.
O cara diminuiu a velocidade e graças ao vidro escuro do carro em que eu estava não dava para ver dentro. Observei bem, assim que as frentes dos carros se encontraram cada um de um lado da rua. Pude ver a sombra de ambos se beijando.
Levei a mão à boca perplexa e por um momento nada se passava pela minha cabeça.
O carro aumentou a velocidade parando na esquina, um pouco longe da casa dela. Olhei pelo retrovisor quando ela saiu do carro sorrindo e dando um leve tchau para Luan, que saiu de lá imediatamente.
Coloquei minhas mãos sobre minha cabeça e a abaixei, então ouvi um barulho na porta ao meu lado e era ela. Não pensei duas vezes depois que joguei meus materiais no chão do carro e praticamente voei em cima dela.
- você é uma desgraçada – falava tentando a jogar no chão.
Ela se debatia, mas estava rindo.
dei um tapa naquela cara e logo dois homens me puxaram a separando de mim.
- viu? – ela me encarou rindo – você acha mesmo que o seu namorado te ama é? Todos os dias em que ele esta de folga no encontramos – chegou mais perto de mim – eu ainda estou sendo sua amiga!
Tentei bater mais uma vez, mas fui segurada fortemente pelos dois homens que desconhecia.
- quer me bater? Pelo menos estou sendo sincera e falando o que o Luan não tem coragem de assumir – disse ironicamente
Eu estava sem palavras, sem atitudes, sem chão talvez.
- o que faremos com ela agora? – um dos três homens se pronunciou
Gabi me avaliava sorrindo
- vamos levar ela pra lá – ela disse sem tirar os olhos de mim – Luan pagará uma boa quantia para ter isso de volta – passou por mim e entrou no carro
- me deixa – comecei a me debater – eu não quero ir, me solta ! – praticamente gritava
- apaga ela logo – ouvi-a dizer do carro
Colocaram um pano em meu rosto, senti meu corpo amolecer e sem conseguir me controlar cai em cima de um dos homens.

_________________________________________
omg omg omg
o Luan traiu a cami, sera?! 
e agora, o que será que vai acontecer com a cami???? 
e essa gabi mal amada? 
quero saber o que vocês acharam!!! hahaha
me desculpem a demora, estou sem internet espero que entendam!
e ai o que será que vai acontecer??? quero muiiitos comentários u_u 
espero que gostem!