quinta-feira, 3 de outubro de 2013

125° capítulo


Depois da “briga” com meus pais desci as escadas meio avoado. 

- Luan onde você vai? – minha mãe perguntou levantando-se do sofá rapidamente.
Peguei a chave do carro e sem responder a pergunta abri a porta da sala e sai a batendo logo em seguida.
Peguei meu carro na garagem e segui até o outro lado do condomínio. Bati na porta e esperei alguns segundos até alguém vir atender.
- Luan? O que faz aqui? – murmurou surpresa
- vim atrás da sua filha – falei com ódio no olhar
- e..ela não esta aqui, você sabe – disse com lágrima no olhar
- onde ela ta? 
- ela foi internada em uma clínica psiquiatra, não brigue com ela Luan –pausa- sei que o que Gabi fez não tem perdão e nem explicativa, mas –arfou- ela era uma pessoa tão boa, não sei como foi fazer isso.
- o que importa é que ela fez e precisa pagar por isso!
- não faça nada com ela querido, sei que você é uma pessoa do bem, mas agora Gabi esta sob calmantes e cuidados médicos, você indo lá não adiantaria nada. 
- eu preciso falar com ela, em qual clínica ela ta? 
- eu na.. – a interrompi
- você sabe que se a senhora não me falar outros milhões falarão, quer que eu apele para os jornais? – murmurei calmamente
- oh – arregalou os olhos – tudo bem. 
Entrou em sua casa e saiu carregando um cartão. 
- aqui esta – me entregou – mas se você fizer algo com minha filha, te processarei até a morte – praticamente bateu a porta em minha cara. 
Foda-se o que ela iria fazer comigo, e o que a filha dela fez com Camile? Não tem volta. 
Liguei o carro novamente e segui rumo a tal clínica. 
- qual o quarto da paciente Gabriela Thermodds ? – perguntei com receio a recepcionista
- um momento Sr.. – ergueu a cabeça para me olhar e se assustou – Luan Santana? O que faz aqui? 
- quero ver essa paciente, se for rápida eu agradeço – coloquei meus óculos e disfarcei. 
- oh claro – fez uma ligação e logo me encarou – pode me acompanhar, por favor. 
A segui para um longo corredor, onde havia várias portas, algumas abertas mas a maioria fechada. 
- o médico acabou de visita-la, ela pode estar um pouco alterada – abriu a porta e me guiou para dentro – qualquer coisa aperte o botão ao lado da cama da paciente.
- obrigado – agradeci e assim ela fechou a porta. 
O quarto era todo branco, havia uma cama e apenas uma janela no alto da parede.
Ela estava sentada no chão, toda encolhida 
- gabi? – a chamei
Ela ergueu sua cabeça rapidamente me encarando
- Luan? Oh meu Deus, Luan – correu e grudou em mim – eu sabia que você iria me tirar daqui, Luan eles acham que eu estou louca – me encarava ferozmente com os cabelos mais bagunçados que o normal – você precisa falar pra eles que eu não sou louca, Luan! 
Fiquei tão em choque com aquela cena que não consegui falar nada. 
- você ta tão lindo meu amor – uma mistura de lagrimas com sorrisos podiam ser vistas em sua face – eu sabia que você iria esquecer aquela camile e iria vir... – a interrompi 
- v..você não se lembra do que aconteceu com Camile? – murmurei ainda perplexo
- minha mãe me contou que aquela louca tentou se matar e foi viver em outra cidade agora – falava sorrindo – eu sabia que ela não iria agüentar o cargo de sua namorada, só eu consigo. 
Fiquei ainda mais perplexo, como..como ela não lembrava? 
- quando vamos embora daqui? – me encarou
- você não vai embora daqui Gabi
- o que? Como assim? Achei que você tivesse vindo me buscar 
- Gabi eu.. – não sabia o que falar
- não me deixa aqui Luan, eles me maltratam aqui – levantou a manga de seu macacão branco - ta vendo? – apontou para uma manja roxa em seu braço – eles me batem Luan. Eu preciso ir embora daqui. 
- e..eu – me levantei – eu preciso ir – sai andando 
- espera – gritou vindo atrás – você volta, não volta? – me olhou e sorriu
Um sorriso tão ingênuo 
A encarei por longos segundos, me soltei de seus braços e sai dali o mais rápido possível. 
Passei pela recepção voando e entrei no meu carro, com o coração na boca e mais pálido do que o normal. 
“o que eu vou fazer agora? Pensa luan, pensa” 
Liguei o motor e sai, rumo a uma estrada. 
Pouco mais de uma hora cheguei a minha chácara, estacionei e desci, olhando tudo em volta. Me lembro da primeira vez que trouxe Camile ali, ela havia ficado maravilhada com a natureza. 
Como já era noite e estava tudo escuro sentei em uma das cadeiras de tomar sol que havia na área da piscina e fiquei olhando as estrelas. 
Comecei a cantar baixinho
-“ quando olho as estrelas do céu lembro do teus olhos de cristal e tua boca de mel...” – fui tomado pela emoção que me impediu de continuar. 
- me manda um sinal – solucei olhando para o céu – eu preciso de um sinal. 
Em poucos segundos as estrelas foram tampadas por nuvens negras e o tempo se fechou, senti um pingo gelado em meu rosto e pude perceber que começaria uma chuva, mas sem vontade para levantar continuei ali. 

Acordei e Camile estava sentada ao meu lado, estávamos em um jardim com diversas flores ao nosso lado. Ela me olhava sorrindo e assim que a vi sorri também. 
- você voltou pra mim – murmurei sorrindo
- eu falei que nunca iria te abandonar não falei? – murmurou sorridente
- você não sabe a falta que me faz – fui a beijar mas ela se levantou
- venha, tente me pegar – correu
- volta aqui – me levantei e corri rindo atrás dela. 
A cada passo que ela dava ficava mais distante de mim, meus olhos foram se embaçando
- camile, volta – gritava mas ela continuava a correr e sorrir olhando para mim 
De repente tudo se apagou e eu acordei assustado.
- CAMILE – gritei tossindo. 
Olhei em volta e estava dentro do meu quarto na chácara, Bruna e meus pais estavam em volta de mim, com os olhares assustados.
- graças a Deus – minha mãe com os olhos inchados prontamente falou. 
- o..o que aconteceu? – perguntei os encarando
- a febre dele ta passando – meu pai disse me ignorando 
- Luan meu filho, ta tudo bem? – minha mãe perguntou tensa
- t...ta.. –pausa- o que aconteceu? 
- você tava praticamente desmaiado na cadeira de fora Luan – Bruna murmurou – nós chegamos aqui depois que a chuva começou e te vimos, com a boca roxa e tremendo de frio.. o papai te trouxe aqui pra cima e você ficou uns 30 minutos repetindo “camile volta” – abaixou seu tom de voz, triste. 
- então foi apenas um sonho – meus olhos lacrimejaram
- vamos leva-lo ao médico – minha mãe disse preocupada
- eu já to bem, quero ficar sozinho – olhei para todos
- vamos ficar essa noite aqui na chácara, esta chovendo muito e ninguém aqui esta em condições de dirigir – meu pai disse calmamente
- mas e se ligarem do hospital? E se a Camile acordar e me chamar? Ela vai precisar de mim – falei quase faltando o ar
- Luan, já faz quase um mês que a Camile esta lá e –pausa- não seria hoje que ela apresentaria uma melhora
Olhei para meu pai incrédulo, no fundo eu sabia que ele tinha razão, mas não queria acreditar, eu não podia acreditar. 
- me deixa sozinho, por favor – supliquei
- você precisa comer – minha mãe murmurou
- eu só quero ficar sozinho – falei pausadamente
Aos poucos foram saindo do quarto, Bruna primeiro, depois minha mãe e por ultimo meu pai. 
Encostei-me na cama e fiquei pensando no sonho, “seria um sinal? Será que ela iria embora mesmo e nunca mais iria voltar? Não luan, para de pensar besteira”
Dei um soco em meu travesseiro e fui até o banheiro, tomei um banho quente, tirando de dentro de mim todo aquele peso guardado. 

No dia seguinte resolvemos ir embora logo pela manhã, a chuva havia dado uma trégua ainda bem. 
Meu pai achou perigoso eu ir sozinho então mesmo contra a vontade de Bruna a fez ir em meu carro.


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meus amores que saudades de vcsss!
tudo bem ai? 
gente, deixa eu me explicar... to com esse capitulo pronto desde sexta passada POREM eu nao sei o que acontece com o meu note que o blogger nao ta carregando lá, e agora eu to pelo note do meu primo postando p vcs enfim!
eu to viajando e com internet OBA, mas dependo do note dele p postar kkk 
enfim é isso 
o que vcs acham que vai acontecer? essa gabi ta louca mesmo ou será que ta fingindo? 
ausduashj comentem muiiiiito 
beijos, amo vcs