No dia seguinte resolvemos ir embora logo pela manhã, a chuva havia dado uma trégua ainda bem.
Meu pai achou perigoso eu ir sozinho então mesmo contra a vontade de Bruna a fez ir em meu carro.
- bruna, er.. me desculpa –pausa- por tudo – murmurei envergonhado depois de um certo tempo dirigindo
- tudo bem – ela murmurou ainda olhando para a pista – você melhorou? – perguntou sem me olhar
- com a minha irmã brigada comigo não tem como melhorar – a encarei rapidamente
Ela deu um leve sorriso e me encarou
- você sabe que eu te amo, pi – passou a mão em meus cabelos
- obrigado – dei um pequeno sorriso.
Chegamos na pequena Londres e estava um tempo nublado, mas não chovia.
3 meses depois
Tudo continuava na mesma, Camile não havia melhorado nem piorado, eu voltei a minha rotina de shows a mais ou menos um mês, não me recuperei muito mas minhas fãs me motivavam e me davam força por onde quer que eu passasse.
Depois de uma semana de shows cheguei em Londrina, fui pra casa e só havia Bruna lá.
- to indo no hospital piroca – falei logo após chegar
- espera, vou com você – disse rapidamente
Saímos de lá e fomos rumo ao hospital.
Eu estava sentindo que as coisas iriam melhorar.
Entramos pelos fundos e fomos direto ao seu quarto. Seus pais estavam a vendo pelo vidro e meus pais também estavam lá.
- Oi – cumprimentei meus sogros e meus pais com um abraço – o que fazem aqui? – perguntei me referindo a meus pais.
- nós.. viemos aqui para.. – minha mãe travou
A olhei meio suspeita e olhei para o vidro, Camile estava lá, intacta.
- ela não melhorou? – perguntei para alguém que me ouvisse
- Luan, eles.. – Carlos começou a falar e já vi lárimas brotarem nos olhos de Ana
- eles querem – continuou – desligar os aparelhos.
Me faltou o ar, eu queria falar mas não conseguia, minhas lágrimas talvez falassem por mim. Isso significava que..
- eles querem matar ela? – murmurei me faltando a voz
- não é assim filho – pude perceber que todos ali lutavam contra as lágrimas
- não.. não pode! – olhei para todos procurando alguém que falasse que era mentira, sem sucesso – ela, ela ta bem – coloquei a mão eu meus cabelos e olhei para ela – eles não podem fazer isso – comecei a me mexer procurando algo para bater, bati na parede do local e logo meu pai veio me segurar.
- Luan, por favor seja forte. – falou em meu ouvido
- forte? – gritei – A MULHER QUE EU AMO VAI MORRER E VOCÊ QUER QUE EU SEJA FORTE? A MULHER QUE EU –pausa- PLANEJEI UM FUTURO, TUDO.. VAI MORRER E VOCÊ ME PEDE PRA SER FORTE? – o olhava chorando – EU NÃO QUERO SER FORTE, EU QUERO A CAMILE AQUI, COMIGO! – sentei no chão e coloquei minha cabeça entre minhas pernas dobradas.
- querido – minha mãe agachou-se e ficou fazendo carinho em meus cabelos.
- eles não podem fazer isso – urrei após me levantar e invadir seu quarto.
- Luan – minha mãe tentou me impedir mas meu pai a segurou
- deixa ele – ele murmurou
Fui ao lado de sua cama e pude perceber os olhos curiosos da minha família sob nós.
- meu amor – murmurei contendo as lágrimas – eu sei que você ta aqui – fiz carinho em sua cabeça e peguei em sua mão – por favor, olha, eu sei que você não vai morrer, eu acredito em você –pausa- você não pode morrer porque se você morrer – não conseguindo mais falar porque comecei a chorar abaixei minha cabeça e respirei fundo – se você morrer vai me levar junto de ti – solucei – não existe eu sem você - acariciava sua mão – pelo amor de Deus eu não consigo viver sem você, volta pra mim – deitei minha cabeça em seu braço, ainda fazendo carinho em sua mão chorei por longos minutos.
A esperança dela se mover foi em vão, aquilo não era um filme para acontecer isso, ela simplesmente não iria me ouvir e voltar para o meu mundo, isso era realidade, essa era a minha realidade.
Levantei a cabeça e todos me olhavam chorando, me levantei, depositei um beijo na testa dela e sai.
- Luan, onde você vai? – minha mãe perguntou assim que virei as costas para ir embora.
- vou pra casa – murmurei
- a Bruna vai com você – ela disse rapidamente
- eu não preciso de babá, preciso ficar sozinho – a encarei e logo sai.
Sai do hospital e resolvi ir até seu apartamento, chegando lá encontrei Hiago no estacionamento.
- Luan? – ele logo veio até mim – como a Camile ta? Eu nunca mais tive noticias dela, os pais dela não param no apartamento, eu..
- ela ta na mesma – murmurei olhando para o chão – se me der licença eu preciso subir – o encarei.
- claro – disfarçou – até mais.
Sai andando.
Cheguei no apartamento e Harry apareceu brincando com meus pés. Eu havia levado ele de volta para o apartamento assim que sai para minha rotina de shows, ele estava sentindo falta de sua casa.
- e ai amigão – o peguei no colo
Ele parecia tão feliz em me ver.
Depois de depositar uma lambida em minha bochecha começou a olhar em volta procurando algo, ou alguém.
- ela não veio Harry – murmurei e o bichinho pareceu entender – ela.. – parei de falar e as lagrimas tomaram conta novamente – ela não veio – repeti para mim mesmo.
O coloquei no chão e ele correu para seus brinquedos. Comecei a olhar tudo em volta, a tempos não entrava ali, não queria sofrer mais, se é que é possível.
Fui até seu quarto e tudo estava do jeitinho de antigamente, sorri ao lembrar de nossas loucuras naquela cama.
O violão ao lado da cama me chamou atenção, o peguei e sentei na beirada da mesma, toquei algumas notas até me lembrar da canção que vinha escrevendo para ela. Pensei um pouco e uma idéia me surgiu.
Fui para a casa, tomei um banho e me deitei um pouco afim de organizar tudo em minha cabeça.
- filho, a janta esta pronta – minha mãe falou abrindo a porta de meu quarto
- estou sem fome mãe – murmurei virando para o outro lado da cama, tentando esconder minhas lágrimas.
Ouvi seus suspiros e logo seus passos saindo do quarto.
A madrugada chegou e meu sono, como sempre, havia me abandonado. Desci e comi alguma coisa, já estava me dando dor de cabeça. Sentei na sala e olhei para o violão, olhei para o relógio e me levantei.
Ele marcava 03:15 a.m peguei a chave do meu carro com o violão e sem fazer barulho sai de casa.
Cheguei no hospital e estava tudo silencioso, as enfermeiras não se assustaram muito com minha chegada porque a 3 meses eu chegava de shows e ia direto pra lá, era normal.
- oi meu amor – sorri ao entrar em seu quarto e vê-la ali do mesmo jeitinho – eu não vou deixar te levarem de mim ta bem? – murmurei sentando ao seu lado – preciso te mostrar algo – coloquei o violão no colo e dedilhei ele até começar a canção
Tem dias que eu acordo pensando em você
Em fração de segundos vejo o mundo desabar
E aí que cai a ficha que eu não vou te ver
Será que esse vazio um dia vai me abandonar?
- tentei conter as lágrimas-
Tem gente que tem cheiro de rosa de avelã
Tem o perfume doce de toda manhã
Você tem tudo, você tem muito,
muito mais que um dia eu sonhei pra mim
Tem a pureza de um anjo querubim
Eu trocaria tudo, pra te ter aqui
-comecei a chorar-
Eu troco minha paz por um beijo seu
Eu troco meu destino pra viver o seu
Eu troco minha cama pra dormir na sua
Eu troco mil estrelas pra te dar a lua
E tudo que você quiser
E se você quiser, te dou meu sobrenome
Uoooh, Uoooh, Uoooh, ooh..
Terminei de cantar e a emoção já me invadia
- por favor, volta pra mim- supliquei colocando o violão de lado e abaixando minha cabeça na cama, colocando minha mão em sua mão e mantendo contato com sua pele.
Acordei com um barulho não muito normal, olhei ao redor e ainda estava no hospital, uma movimentação estranha me fez refletir rapidamente sobre o que estava acontecendo.
Havia médicos e enfermeiros em volta de Camile, me levantei rapidamente, meio zonzo, e olhei para eles assustado
- o que esta acontecendo?
- Camile teve uma parada cardíaca – um dos enfermeiros disse rapidamente
- o que? – falei assustado – ela.. como assim? – estava atordoado
- Sr. Luan peço para que você saia do quarto agora, nós não temos muito tempo! Por favor – o médico se virou para mim e falou firmemente
- eu preciso ficar com ela – falei o encarando
- agora você só vai atrapalhar
- salva ela, por favor – meus olhos imersos em lagrimas já demonstravam a tensão e o medo.
Me colocaram para fora do quarto e eu corri para o espelho que dava para ver tudo, mas logo me tamparam a visão fechando uma pequena cortina que havia ali. Ótimo, agora sim eu estava com medo.
Meus pais chegaram junto com meus sogros me pegando de surpresa.
- Luan, o que faz aqui? – minha sogra chegou me abraçando
- eu dormi aqui – a abracei – o que vocês fazem aqui? Como souberam?
- o doutor ligou para Ana e Carlos e eles no ligaram também – minha mãe disse
- Luan, você não devia ter saído de casa sem avisar – meu pai disse meio nervoso – você tem noção do susto que nos deu?
- desculpa – murmurei preocupado com Camile – o que os médicos disseram pra vocês?
- que ela teve uma parada cardíaca, pediram para virmos para cá urgente – Ana começou a chorar – Luan, você não viu nada? – perguntou
- não, eu.. eu tava com ela aqui e de repente dormi, acordei com os médicos em cima dela e logo me pediram para sair – comecei a chorar – será que ela corre risco de vida? – encarei Ana
- eu não sei – nos abraçamos
Fizemos uma oração e quando já estava amanhecendo os médicos saíram da sala.
- e então doutor? – praticamente voei até ele
Ele nos olhou meio suspeito e enfim abriu sua boca para falar.
- Camile acordou! – abriu um imenso sorriso
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Não me matem por favor ):
Gente, eu expliquei um pouco antes de sumir que seria difícil postar agora, estou sem internet e meu note não abre mais o blogspot ou seja, estou postando esse sem data para o próximo.
Li os comentários que vocês deixam e tem muita gente reclamando que eu to demorando muito pra postar, mas infelizmente eu não posso fazer nada.
Também li falando que iria desistir da fanfic, bom, sobre isso fica a critério de vcs, eu não vou abandonar isso aqui e as férias estão chegando para mim postar sempre.
Enfim é isso, espero que me entendam.